Aeroporto de Brasília - BSB/SBBR

[DanielVS]

Alguém sabe como estão as operações na "nova" pista 11R/29L de BSB? No final das contas, a cabeceira ficou deslocada ou não? E as taxiways, como ficaram? Alguém tem um diagrama atualizado do aeroporto?
As pistas estão operando independentemente ou ainda não?
Algum plano de colocar ILS na 11R?

[CHARLES SBBR]

DanielVS,

A nova rwy ainda está com a cabeceira deslocada (questões ambientais) e está operando sem auxilios eletrônicos, as twy´s estão operando normalmente. Nos horários de RUSH ( A modern-day warrior/Mean mean stride,/Today's Tom Sawyer/Mean mean pride.) hehehe as duas rwy´s operam a nova pra decolagens e a velha pra pousos. Não sei como anda o processo dos auxílios eletrônicos e fico devendo o diagrama.

Quando SBBR está visual já vi aproximações "mais ou menos" simultâneas geralmente comerciais na rwy velha e aviação geral rwy nova.

[DanielVS]

Nos horários de RUSH ( A modern-day warrior/Mean mean stride,/Today's Tom Sawyer/Mean mean pride.) hehehe as duas rwy´s operam a nova pra decolagens e a velha pra pousos.

Que estranho... Pela configuração das pistas, não seria mais lógico decolar da 11L (antiga) e pousar na 11R (nova)? Ou isso é simplesmente porque a nova não tem ILS? (Por outro lado, geralmente SBBR opera em VMC, não é? Aproximações VOR são geralmente suficientes...).

[Marco SBCT]

A 11R para pouso é mais curta que a 11L, devido à cabeceira deslocada(frescura dos verdes), além da distância para táxi ser muito maior e ter só um "viaduto" de acesso.

[DanielVS]

A 11R para pouso é mais curta que a 11L, devido à cabeceira deslocada(frescura dos verdes), além da distância para táxi ser muito maior e ter só um "viaduto" de acesso.

A pista 11R, com a cabeceira deslocada, tem 2500 m. Suficiente para a enorme maioria dos aviões que utilizam o aeroporto: 737s, A319/320, F100.
Pousando na 11R, ao sair pela EE, o avião já ingressa na K (viaduto).
Se pousar na 11L, se ele sair pela F, tem que voltar pela N e aí então ingressar na K. Não é mais longo?
Se pousar na 11R e sair pela Z, ingressar na U e aí na K, então a distância é praticamente igual ao caso acima (F-N-K)...
Para decolar, acho ilógico ter que fazer todo o caminho até a 11R se se tem a 11L logo ali do lado... Parece até, em escala menor, a jornada de um avião para decolar da 28 no GIG.
Em relação à regra IMA, acho que o tráfego fala mais alto. Aqui em CGH a 17L/35R não tem ILS e quando está VFR várias aeronaves (737, 319, F100) são solicitadas a pousar nela, que aliás tem apenas 1450 m. Não considero os 2500 m da 11R de BSB tão ruins assim.
Além disso, não entendo porque usar SEMPRE aproximações ILS, mesmo em dias CAVOK. Brasília tem muito mais dias VFR que São Paulo, e o fato da 11R não ter ILS não tem muita relevância em dias VFR. Nos EUA, em aeroportos com muito mais tráfego que CGH, é comum a aproximação visual após vetoração radar. Isso ajuda a encurtar as aproximações e reduz a sobrecarga sobre os controladores, melhorando o fluxo. Alguns segundos ganhos em cada pouso se revertem em maior capacidade de pousos de um aeroporto no final de um dia.
Uma pergunta: já que a cabeceira da 11R ficou tão deslocada, não seria melhor ter sido construída com uns 4000m? Ou tem casas/construções no final da pista? Ou os engenheiros não sabiam que os verdes iriam deslocar a cabeceira?

[CHARLES SBBR]

Como o Jack Estripador... vamos por partes:

Realmente as duas rwy´s possibilitam os procedimentos com boa margem de segurança. Inclusive na semana passada a 11L/29R estava em manutenção e todas as operações estavam na 11R/29L enquanto estive lá era 29L.

Quanto as distâncias a percorrer até as cabeceiras vai de acordo com a posição da aeronave. Se ela estiver no finger 1 até 5 a 11L sem dúvida é mais próxima, apartir do 6 e as remotas em frente ao terminal acho que fica igual, se estiver operando na 29 acho que fica até mais perto a L do que a R. O pior é para a aviação geral quando a decolagem é na 11R... é como estar na BAGL e decolar na 28 do SBGL, só figurativamente. Nesse caso geralmente liberam para a 11L.

Quanto aos limites da pista nova, quando foi construida foi desapropriada alguns loteamentos no local todos sem muita densidade de moradias, ainda existem algumas propriedades em ambas as cabeceiras. Acredito que o problema é ambiental e talvez até de relevo visto a opção feita. A aproximação pela 29L "vista do saguão superior do JK" dá a impressão visual de que a aeronave vem bem mais baixa do que na 29R, tudo isso é claro no olhometro.

[RockboyDF]

Bom, a cabeceira deslocada se deve a dois fatores:

1) Pressão dos moradores do bairro do Park Way, vizinho e contíguo à pista nova.

2) Compensação ambiental por estar na APA do Paranoá.

Aliás, é hora da cidade começar a pensar em um novo aeroporto, para daqui a 15, 20 anos; pois a capacidade de expansão do atual é bastante limitada justamente pelos aspectos ambientais de sua localização.

[Constellation]

Caros amigos,

Qual foi o problema ambiental que determinou o deslocamento da cabeceira do Aeroporto de Brasília??

Eu acho isso um absurdo, já que uma obra desse porte deve ter um EIA/RIMA - Estudo de impactos ambientais/Relatório de impactos no meio ambiente bastante detalhado, com consultas públicas, inclusive.

Se houvesse um problema detectado nessa fase, a pista poderia ser reposicionada, economizando alguns milhões de reais. O problema apare ceu depois?? De quantos metros é o deslocamento da cabeceira.

Um abraço.

[RockboyDF]

Caros amigos,

Qual foi o problema ambiental que determinou o deslocamento da cabeceira do Aeroporto de Brasília??

Eu acho isso um absurdo, já que uma obra desse porte deve ter um EIA/RIMA - Estudo de impactos ambientais/Relatório de impactos no meio ambiente bastante detalhado, com consultas públicas, inclusive.

Se houvesse um problema detectado nessa fase, a pista poderia ser reposicionada, economizando alguns milhões de reais. O problema apare ceu depois?? De quantos metros é o deslocamento da cabeceira.

Um abraço.

Bom, durante toda a construção da pista houve polêmica, ameaças de interdição e modificações nas ações ambientais previstas no projeto. A grande alegação dos moradores do Park Way é em relação ao ruído, seguida da preocupação com acidentes. Como é um bairro de classe média alta, existem pessoas influentes e capazes de dificultar o processo de implantação de qualquer coisa que os afete; daí o deslocamento da cabeceira.

Já o segundo fato que eu citei, é de fato uma preocupação, pois a pista (e todo o complexo do aeroporto) está em um topo de microbacia, onde há coleta de água para o Rio Paranoá / Rio Preto (alimentadores de afluentes do São Francisco) e acentua bastante a já natural erosão das encostas nos relevos de planalto.

[DanielVS]

De quantos metros é o deslocamento da cabeceira.

800m. A pista tem 3300m, e a cabeceira deixa 2500m de pista livre para quem pousa na 11R.

Aliás, é hora da cidade começar a pensar em um novo aeroporto, para daqui a 15, 20 anos; pois a capacidade de expansão do atual é bastante limitada justamente pelos aspectos ambientais de sua localização.

Se seguirmos a filosofia da Infraero, talvez seja cogitada a hipótese de um novo aeroporto quando BSB ficar igual a CGH.