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Zero G A300

Enviado: Sex Jun 29, 2007 22:36
por Constellation
Caros amigos,

Talvez um dos mais interessantes A300 já produzidos foi o de c/n 003, protótipo que voou pela primeira vez em 28 de junho de 1973, e que ainda está na ativa, 34 anos depois.

Ostentou as matrículas F-WUAD, e depois de certificado, foi matriculado F-OCDX, EM 1975, e depois F-BUAD, em 1978.

Foi utilizado, em 1986, como demonstrador para o sistema Fly-by-Wire;

Em 1989, passou para a GE, como aeronave de pesquisa de propulsão, e desde 30 de maio de 1996, opera como Zero G A300 na Sogerma, uma empresa do grupo EADS.

O que eu gostaria de saber é em que tipo de operação esse A300 FBW é utilizado. O nome Zero G A300 é bastante sugestivo...

Um abraço.

Foto do bicho

Enviado: Sex Jun 29, 2007 22:45
por Constellation
Caros amigos,

Vejam uma foto desse Airbus, o mais antigo ainda em condições de vôo:

http://www.airliners.net/open.file/0569313/L/

Um abraço.

Gravidade Zero mesmo...

Enviado: Sex Jun 29, 2007 23:48
por Constellation
Caros amigos,

Dando uma pesquisada na net, descobri que tipo de operação esse A300 faz no seu dia-a-dia:

São vôos de gravidade zero. O avião fica baseado em Bordeaux-Merignac, e utiliza uma aerovia especial no Golfo da Gasconha. O avião voa a mais ou menos 18 mil pés, levanta o nariz para 45º acima do horizonte, com potência total, e depois mergulha em uma trajetória parabólica, reduzindo a potência simultaneamente, para evitar overspeed. Ao final da manobra, o avião está novamente a 18 mil pés, pronto para começar tudo de novo.

Durante a manobra, que dura 20 segundos, a gravidade a bordo é zero. 31 manobras dessas são feitas por dia.

O avião é operado para a Agência Espacial Européia (ESA), e trata-se da maior aeronave já utilizada para experimentos de Gravidade Zero. A tripulação é composta de 5 pilotos, que se revezam nos comandos durante os vôos e cumprem tarefas de monitorarem a manobra, sendo cada um dos pilotos, que não estão pilotando no momento, responsável por monitor cada eixo específico de movimento (yaw, roll e pitch).

É interessante ver que o mais antigo Airbus ainda em vôo tem uma tarefa tão fascinante. A aeronave tem uma estrutura reforçada, uma vez que a recuperação da manobra exige 1,8 G positivos, esforço raramente sofrido por uma aeronave comercial.

Um abraço.