.:: A e r o F ó r u m ::.

Olá Amigos,
Se nesta luta os controladores ganharem aumentos e outras coisas
á mais, logo,logo, vaí ter mais greve de outras categorias, acho que
a 1ª vai ser dos pilotos e co-pitotos, e assim por diante.

sds,
Moises Propp

vale notar que a autorizacao inicial, ainda no solo, de nivel de voo, e emitida mas nao necessariamente sera o nivel que a aeronave mantera da partida ate o destino, exceto quando se trata de procedimentos especificos para cada pais ou regiao, como o NAT, em termos de falha de comunicacao. Nao ha em qualquer lugar do mundo uma autorizacao de um voo longo e que cruze diferentes espacos aereos que detalhe todos os pontos de mudanca de nivel ou outra modificacoes, como de aerovia e setores de FIR, do plano de voo.

Sempre achei isso, porque sempre ouço autorizações do tipo "Autorizado Manaus nível 370, saída Surf, transição XXX, após decolagem controle em 135,75, acione YYYY".
Nunca vi detalharem níveis e fixos durante a rota.
Por outro lado, quando estive nos EUA em 1995, ouvi o solo liberar um vôo LAX-SEA e dizer todas as "jet-routes" até SEA. Não sei se ainda é assim até hoje.

Pessoal, quanto ao acidente da Gol.
Existe esse tópico http://www.aeroentusiasta.com.br/phpBB2 ... 7734#47734
Que ao meu ver foi um dos melhores e-mails que eu recebi sobre o acidente do vôo 1907.

DanielVS escreveu:BrazPilot, em primeiro lugar gostaria de agradecer pelo seu longo post explicando o ponto de vista das associações de segurança aérea.
Eu entendo perfeitamente o argumento.
Mas eu ainda tenho uma certa dúvida e vou tentar perguntar elaborando um cenário fictício (eu sei que não foi nada disso o que aconteceu no caso do Gol):

"Estou pilotando um Citation nos confins do Oregon, em nível de cruzeiro. Eu sou louco e resolvo fazer uns testes com o avião. Deliberadamente desligo o transponder, faço manobras e mudo de níveis, sem comunicar o ARTCC, é claro. O Centro me chama e eu finjo que não estou ouvindo. Durante essas manobras, eu acabo por tocar a asa de um A320 da Frontier Airlines e ele cai, matando 150 a bordo. As investigações concluem que o acidente foi causado única e exclusivamente pelo meu temperamento, imprudência e negligência".
Eu pergunto: nada vai acontecer comigo? Eu vou poder continuar pilotando? Se vc fosse o piloto desse A320 e tivesse sobrevivido com sérias seqüelas (após meses em um hospital), vc ficaria satisfeito com um relatório do NTSB com recomendações à FAA? Ou com uma simples cassação do meu brevê?
Por favor, não encare minhas perguntas como provocações. São dúvidas que eu realmente tenho - e, acredito, também a grande maioria da população fora do meio aeronáutico. (veja, p. ex., o parente de vítima de acidente na Suíça que matou o controlador responsável pelo acidente).

Lembre-se que no exemplo que você citou haverá uma investigação para ver quais foram os fatos e descobrir quais foram as causas do acidente. Esta investigação será de jurisdição do NTSB. Não haverá polícia ou justiça comum envolvida durante o processo. O FBI poderia mandar um representante para ver se houve ação deliberada, mas seria somente um representante convidado pelo NTSB se houvesse motivo. Provando-se negligência do piloto, este seria punido pelo FAA. Ele teria sua carteira e seus direitos como aeronáuta suspensos. Poderão haver processos cíveis pedindo compensação monetária por parte do piloto (e do seguro dele) pelos danos. Se ele for louco, que nem você disse, de repente ele teria que se submeter a tratamento. Se não for provado que ele intencionalmente quis derrubar o A320, ele não iria a prisão. Se for provado ao contrário, (ação deliberada para causar danos, ele pilotando bêbado ou drogado, etc.) aí o caso passa a ser um crime e ele poderá ser indiciado por homícidio. Por lei, pilotar sobre influência de alcool ou drogas é crime.
Seria uma caso muito complicado, que se acontecesse um dia, certamente colocaria em prova todo os sistema. Vale lembrar que em todos os casos de colisão que eu lembro de ter estudado ou lido a respeito, todos foram considerados simples acidentes.
O último aqui nos EUA foi entre um planador (piloto cidadão japonês), aparentemente com transponder desligado e um Hawker da Netjets. Felizmente ninguem se feriu gravemente. Está em investigação do NTSB, como manda a lei. O Japonês não está detido nem com o passaporte confiscado.

http://jeremy.zawodny.com/blog/archives/007288.html

http://www.nevadaappeal.com/article/200 ... /108300064

Obrigado pela resposta, BrazPilot!