Tragédia anunciada

[Jaguar]

Caso confirme a derrapagem como efeito do acidente causado por falta de grooving a tragédia foi anunciada ontem com a aeronave da PTN mas infelizmente nossas autoridades aeronaúticas atuais que são incompetentes, corruptas e burras serão as responsáveis por este acidente mas ..como aqui no Brasil não dá nada ..eles continuarão comendo , bebendo, dormindo tranquilamente ..é esse o Brasil de hoje, em 44 anos de vida jamais vi um país administrado por pessoas tão incompetentes.

Desculpem mas é um desabafo de quem é impotente para colocar na cadeia esta corja insana patrocinada pela politicagem barata do Brasil.

Jaguar

[Fernando Basto]

Prezado Jaguar,

Faço minhas, as suas palavras ! É mesmo de estarrecer, tamanha INCOMPETÊNCIA, por parte dos/das infra_ZEROS da vida e seus correlatos !

[Constellation]

Caros amigos,

Vamos com calma, um acidente é causado por uma série de fatores, e o fato da pista estar molhada e escorregadia é apenas um deles.

Não sabemos, por exemplo, qual era a velocidade de aproximação da aeronave, em que ponto ela tocou na pista, se derrapou ou não, se tocou muito adiante, se havia ou não problemas com os freios, reversores, spoilers, se entrou muito alto, e lá se vão muitos outros possíveis fatores contribuintes.

Digamos que a TWR estivesse autorizando as aeronaves a liberar a pista só na última interseção. Dessa forma, alguns pilotos poderiam preferir tocar a pista mais adiante para livrar a pista mais rápido. É uma hipótese...

Vamos deixar as acusações para depois, ok?

Um abraço.

[Sandro]

O que estao falando que o pouso ate foi normal nada de mais, segundo os controladores na torre, vi ele arremeter e pender para o lado esquerdo e cair!

[Tico]

É pessoal, não podemos julgar ninguém, nem mesmo a Infraero por enquanto. Tem muita pista q a avc comercial opera no Brasil sem grooving e nem por isso toda hr vara avião.

Me parece que o avião entrou com uma energia mto grande..incompatível com uma "varadinha". Pode ser que tenhamos surpresas nessa investigação.

Mas por enquanto que Deus receba essas almas e conforte suas famílias.

[Salzinger_SBGR]

Constellation,

Não sei se voce é piloto ou não, mas nenhum piloto que opera em CGH com frequência faria um pouso "longo" numa pista de 2000m enxarcada, que sabidamente é escorregadia em sã conciência, só porque a torre instrui livrar na ultima.

Por coincidencia, estes dias observando os pousos na 35L (meu escritorio fica em um hangar em CGH com excelente visao das cabeceiras 35L/35R) notei que o toque estava sendo feito bem no começo da pista (tanto que até estranhei a altura de cruzamento da cabeceira, bem mais baixa que o usual), ou seja, os aviadores estavam fazendo o máximo para aproveitar cada cm. de asfalto.

Outra coisa que chamava bastante a atenção era a quantidade de spray que as decolagens e pousos (reverso) levantavam. MUITA água empoçada na pista.

Concordo que é muito cedo para apontar culpados e tudo mais, mas seguramente as condições de pista contaminada (por negligência da Infraero) foram um fator decisivo no acidente, mesmo porque, numa situação de aquaplanning, os pilotos tornam-se "passageiros" muito rapidamente.

Salz

[Constellation]

Caro Salzinger,

Essa é apenas uma hipótese, certo? Mesmo as mais absurdas hipóteses devem ser consideradas, afinal, o acidente por si só já é um absurdo.

Quanto ao piloto "esticar" o pouso, para sair na última inteseção, muitos fazem isso sim, mesmo com pista contaminada, parece um absurdo, mas fazem, por excesso de confiança e por pura pressa mesmo. Já vi isso muitas vezes, inclusive em CGH e a bordo do avião.

Não estou afirmando, que isso fique claro, que isso ocorreu neste acidente. Mas eu acho prematuro afirmar até que houve derrapagem, já é muito difícil derrapar e sair assim tão retinho, geralmente o avião vai para a grama, pra valeta ou até para os muros laterais. Espero que eu não tenha sido mal interpretado.

Dê uma olhada no vídeo do acidente de Habsheim, e veja se algo semelhante não pode ter acontecido com o PR-MBK.

Ah, eu sou piloto sim.

Um grande abraço

[SBLO]

18/07/2007 - 09h10
Piloto foi alertado, dizem controladores

KLEBER TOMAZ
da Folha de S.Paulo

O piloto do Airbus A-320 da TAM com 176 pessoas que se chocou ontem contra dois imóveis foi alertado duas vezes pelo operador da torre de controle que era preciso pousar com cautela porque a pista principal do aeroporto de Congonhas, zona sul de São Paulo, estava "molhada e escorregadia." Garoava no momento do acidente.

A Folha apurou junto a controladores de tráfego aéreo que participaram da degravação feita pela perícia do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) que o aviso foi dito entre três minutos a quatro minutos antes de a aeronave ter recebido autorização para pousar.

De acordo com o relatório da torre, o avião tocou o solo por volta das 18h40. Ainda, segundo controladores, que só aceitaram falar com a reportagem sob a condição de não terem seus nomes publicados, era possível se escutar vozes de dentro da cabine que diziam: "vira, vira, vira agora!"

Segundo os controladores, essas falas seriam da própria tripulação do Airbus. Além da conversa entre a cabine e a torre de controle, imagens do pouso do avião foram gravadas. Nelas, os técnicos do Cenipa perceberam que a aeronave chegou a tocar o solo com os três eixos. Os controladores da torre disseram que o procedimento para o pouso, em princípio, esteve dentro dos padrões.

Tanto que quando foi alertado duas vezes pela torre sobre as condições da pista, o comandante confirmou que entendeu a informação e não se queixou de nenhum problema, segundo os controladores de vôo.

De acordo com os operadores, o procedimento padrão de aterrissagem em condições de chuva é para o piloto procurar um ponto de toque no solo --o mais aconselhável é que isso seja feito o quanto antes, logo no início da pista (a principal tem 1.939 m de extensão).

A principal hipótese trabalhada pelo Cenipa para explicar o acidente, após uma análise inicial e não conclusiva das imagens da tentativa de pouso da aeronave, é que a tripulação tenha percebido que ao tocar o solo não conseguiria parar.

Em virtude de a pista estar escorregadia, o avião tentou arremeter, mas como tinha pouca velocidade não houve resistência suficiente do ar para subir. Assim, entrou à esquerda, sobrevoou a avenida Washington Luís e caiu sobre um posto de gasolina e o prédio da TAM. Os controladores dizem que a falta do grooving --ranhuras que facilitam o escoamento de água-- prejudica os pousos.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/coti ... 2884.shtml

[Leandro Casella]

Amigos:

Realmente, como dito acima, vivemos um período negro de corrupção e falência moral, não só na aviação, talvez nunca antes visto, no qual somos nós os culpados, pois não fazemos nada.

No entanto, sobre o acidente, já pensaram que ele poderia ter acontecido independente de tudo isto?
Que mesmo vivendo no melhor estágio da aviação nacional jamais imaginado, ele iria acontecer?
Que talvez por ironia, tenha simplesmente acontecido pq tinha que acontecer, só que numa hora mais infeliz possível, pois jogou "m" no ventilador de vez.

Sei que no meio de toda a bandalha que anda acontecendo é quase impossível não ligar as coisas e dizer foi por causa do apagão e tudo mais.
Sem termos a certeza, vira simplificação e é tudo que a imprensa quer.
É prato cheio, nutritivo e rentával para nossa sensacionalista imprensa, que sempre tem um galão de gasolina pronto. Se não for verdade, dá-se uma nota pqueninha de desculpas.

Só a investigação irá elucidar o assunto e talvez, nem ela o faça.

Eu penso que a pista pode ter ajudado, mas não foi o ponto chave. Se ele tivesse derrapado, aquapalanado se preferiem, teria varado a pista e cruzado a W Luis, levando tudo pela frente, talves explodindo antes mesmo de chegar ao outro lado. O que se viu, aparentemente, foi que ele tentou arremeter, passou por cima da avenida e caiu sobre o posto ao lado da TAM Express. Parece que estolou ao tentar redecolar.

Diante destas poucas informações, ficam algumas perguntas no ar. Vejamos:

1- Se o MBK tivesse feito o pouso normal ainda mais em Congonhas, logo após o toque, acionaria os spoilers, reverso e tudo mais visando parar, correto? Isto, em uma pista como CHG (e qualquer outra), já impediria uma redecolagem. Estou certo? Não haveria tempo de recolher flap, spoilers e dar full power, etc, etc,,, imagine onde ia ficar a V1 e a Vr.
Ou haveria tempo?

2- Se não quebrou a sustentação e tentou redecolar, aparentemente, é pq algo entre o toque e o "controlado" foi anormal, obrigando uma reação da tripulação. Ceto?
Houve vempo para eles?
A tecnologia travou o tempo de reação, como no acidente do A320 da Air France?

3- Ao tocar e tentar arremeter teria estolado?
Isto é muito Provavel, pois caiu sobre um ponto da avenida somente. Diferente do PT-MRK que varou várias casas e prédio. A tragédia de ontem poderia ter sido muito maior.

4- O que aconteceu após o toque, visto que a TWR CGH informou ser em princípio nornal?
Falha no reversor?
Nos Spoilers?
A pista contribuiu? Não?

O ponto me parece estar entre o toque e a frenagem. Se tivesse havido simples culpa da pista, o resultado seria parecido com o PT-MFK da PTN no dia anterior. Teria derrapado e saído da pista levando tudo ao redor.

Sei que são apenas suposições, e que só o laudo , amparado pelas caixas pretas trará luz a esta tragédia. Mas, talvez ele tenha sido apenas uma ironia, diante desta situação de kaus que vive a nossa aviação.


Abs

[Constellation]

Caro Leandro,

Você tem toda razão. Há ainda muitas perguntas sem resposta, e muitas respostas sem perguntas também. Vai levar um bom tempo para a gente entender o que aconteceu.

Um abraço.