Muito obrigado pela resposta!
Realmente, CB no Ar, piloto no bar
Final do ano passado, voltando de SSA para GRU, a bordo de um A320 ( PT-MZZ )da TAM e já estávamos no sul de minas, quando olho pela janela e vejo uma verdadeira parede! Um CB de respeito, cheio de raios, muitos raios e ouço o avião reduzir a aceleração praticamente para idle. Ouço uns 4 ou 5 "blings, blongs" do alerta de apertar os cintos e pimba! Foi tudo bem rápido! Eu não me lembro o nome do cmte ( era um nipônico baixinho ), que tinha lá seus dotes de kamikaze

porque o cara reduziu os motores e picou o avião duas vezes com uma brutalidade tal que eu pensei que íamos pro saco! Tinha um monte de argentinos no avião e só ouço o cara do meu lado gritando:
"Cierre la ventana, cierre la ventana!" hehehehe
Foi meio assustador porque a acft chacoalhava muito e quando mergulhamos ( esse é o termo mais apropriado ), o barulho do vento passando pelas asas era muito alto e incomum, ao menos para mim.
Além disso, o sobe-e-desce digno daquelas montanhas-russas dos parques americanos fez uma galera passar bem mal...aí foi aquele cheiro azedo no ar
Depois disso, o co-piloto fez o speech ( ele se identificou como tal ), dizendo que a manobra foi necessária pois havíamos adentrado uma área com formação de granizo. Pediu desculpas e pediu para que mantivéssemos a calma pois o pior já tinha passado...
Ver estas "belezinhas" quando estamos no chão, tudo bem. Passar perto, já são outros 500
raphazul escreveu:rafaelguimaraes escreveu:Raphael,
O que aconteceria a uma aeronave deste porte se entrasse em um CB, como o fotografado?
Qual a aeronave em questão?
Obrigado,
Rafael
Pretendo levar essa dúvida pro meu túmulo.

Brincadeira! O CB só se forma em condições atmosféricas extremamente instáveis e no interior dele existem fortes correntes de vento ascendentes e descendentes, descargas elétricas, pancadas de chuva forte,
windshear, granizo, entre outros fenômenos indesejáveis que podem levar ao descontrole da aeronave, pane no sistema elétrico, danos estruturais severos e daí pra pior.
Se aventurar dentro de um CB pode ser fatal, seja para uma aeronave de pequeno porte ou até mesmo para uma de grande porte.
A diferença entre o porte se faz valer no fato de que uma de maior porte poderá voar mais alto, ultrapassando os CBs por cima (alguns porém podem ter um desenvolvimento vertical superior aos níveis em que cruzam os grandes jatos), possuir um bom radar meteorológico afim de se prevenir quanto ao que vem pela frente e poder identificar CBs escondidos por entre outras nuvens menores e a maior segurança por ter 2 motores ou mais.
A aeronave em questão era um Corisco. O tempo no momento permitia que prosseguíssemos o vôo, mesmo sendo uma aeronave monomotora e sem radar meteorológico, pois voávamos por baixo da camada de nuvens e completamente visual. Além do mais, existiam bons aeroportos embaixo da nossa rota caso se tornasse necessário alternar, como Juiz de Fora, Barbacena e São João Del Rei.