Dúvida -Turbinas
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Dúvida -Turbinas
Companheiros, tenho uma dúvida em relação aos motores a jato. qual é a probabilidade de uma turbina desligar durante um vôo? ( decolagem, cruzeiro e aterrissage). E as duas ao mesmo tempo? E o que o piloto deve fazer?
um abraço
um abraço
- Constellation
- Moderador
- Mensagens: 3086
- Registrado em: Seg Dez 20, 2004 09:05
- Localização: Londrina
Tentando responder...
Caro darksjr,
A possibilidade de um motor a reação falhar em vôo é muito pequena, são motores muito mais confiáveis que os motores a pistão.
A probabilidade de falha depende da geração do motor, e mesmo de cada motor, especificamente. É claro que os motores mais recentes são mais confiáveis e duram mais tempo.
Quanto ao que ocorre no caso de sua falha, vamos lá:
Durante a decolagem: Se um motor falha antes da aeronave atingir 80 knots, aborta-se a decolagem e pronto, sem utilizar os reversores, que podem induzir desvio de trajetória. Caso a aeronave esteja entre 80 knots e a V1 (velocidade de decisão), é preferível decolar, mas cabe ao comandante essa decisão, que pode ter muitas outras variáveis a ser consideradas. Após a V1, a decolagem deve prosseguir, obrigatoriamente, sob pena de acidente (a aeronave não consegue mais abortar sem ultrapassar os limites da pista). O empuxo do motor ou motores restantes é suficiente para ganhar alguma altura e se preparar para o retorno à pista.
Em cruzeiro: Em vôo de cruzeiro, a falha de um motor vai obrigar a uma redução do nível de võo e da velocidade, mas não deve, por si, causar um acidente. A improvável falha de dois ou de todos os motores, ainda assim, não causará o acidente por si mesma. Isso pode acontecer por falta de combustível, erro de manutenção, ingestão de cinzas vulcânicas...
O caso d B767 da Air Canada, em 1984, e o caso do Air Transat, também canadense, mostraram que é possível voar uma aeronave até uma pista qqualquer, ou, pelo menos, até um local mais ou menos plano.
Na verdade, o piloto tem é que manter a calma e cumprir os procedimentos recomendados. O avião não deixa de voar porque perdeu os motores, e vira um planador gigante.
Espero ter esclarecido suas dúvidas. Qualquer coisa, é só perguntar.
Um abraço.
A possibilidade de um motor a reação falhar em vôo é muito pequena, são motores muito mais confiáveis que os motores a pistão.
A probabilidade de falha depende da geração do motor, e mesmo de cada motor, especificamente. É claro que os motores mais recentes são mais confiáveis e duram mais tempo.
Quanto ao que ocorre no caso de sua falha, vamos lá:
Durante a decolagem: Se um motor falha antes da aeronave atingir 80 knots, aborta-se a decolagem e pronto, sem utilizar os reversores, que podem induzir desvio de trajetória. Caso a aeronave esteja entre 80 knots e a V1 (velocidade de decisão), é preferível decolar, mas cabe ao comandante essa decisão, que pode ter muitas outras variáveis a ser consideradas. Após a V1, a decolagem deve prosseguir, obrigatoriamente, sob pena de acidente (a aeronave não consegue mais abortar sem ultrapassar os limites da pista). O empuxo do motor ou motores restantes é suficiente para ganhar alguma altura e se preparar para o retorno à pista.
Em cruzeiro: Em vôo de cruzeiro, a falha de um motor vai obrigar a uma redução do nível de võo e da velocidade, mas não deve, por si, causar um acidente. A improvável falha de dois ou de todos os motores, ainda assim, não causará o acidente por si mesma. Isso pode acontecer por falta de combustível, erro de manutenção, ingestão de cinzas vulcânicas...
O caso d B767 da Air Canada, em 1984, e o caso do Air Transat, também canadense, mostraram que é possível voar uma aeronave até uma pista qqualquer, ou, pelo menos, até um local mais ou menos plano.
Na verdade, o piloto tem é que manter a calma e cumprir os procedimentos recomendados. O avião não deixa de voar porque perdeu os motores, e vira um planador gigante.
Espero ter esclarecido suas dúvidas. Qualquer coisa, é só perguntar.
Um abraço.

normalmente, no briefing de decolagem, o comandante deixa claro
acima de 80kt, soh ira efetuar uma Reject Take-Off caso haja falha de motor ou de fogo na APU. (zona de alta velocidade)
Abaixo de 80kt, qq luz de master warning, o piloto pode abortar a decolagem.
Qualquer outro aviso que nao seja destes, nao irao impedir a decolagem, se ele (comandante) assim considerar.
apartir da V1, segue a decolagem.
acima de 80kt, soh ira efetuar uma Reject Take-Off caso haja falha de motor ou de fogo na APU. (zona de alta velocidade)
Abaixo de 80kt, qq luz de master warning, o piloto pode abortar a decolagem.
Qualquer outro aviso que nao seja destes, nao irao impedir a decolagem, se ele (comandante) assim considerar.
apartir da V1, segue a decolagem.
a tracao resultante (incluindo qq tracao residual do motor inoperante e/ou falha do motor critico) eh necessaria para que ao cruzar a cabeceira oposta, a aeronave esteja a 35ft de altura e a potencia permia a aeronave cumprir os gradientes minimos da subida e/ou desviar de qualquer obstaculo no percurso.Após a V1, a decolagem deve prosseguir, obrigatoriamente, sob pena de acidente (a aeronave não consegue mais abortar sem ultrapassar os limites da pista). O empuxo do motor ou motores restantes é suficiente para ganhar alguma altura e se preparar para o retorno à pista.
Do you actually listen to yourself when you speak or do you find that you drift in and out?
Dr. Cox (Scrubs)
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- Registrado em: Seg Mai 09, 2005 12:40
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Re: Tentando responder...
Meu amigo, muito obrigado pela aula...é sempre bom consultá-los para tirar nossas dúvidas e medos de voar. Obrigado e um abraço.
Constellation escreveu:Caro darksjr,
A possibilidade de um motor a reação falhar em vôo é muito pequena, são motores muito mais confiáveis que os motores a pistão.
A probabilidade de falha depende da geração do motor, e mesmo de cada motor, especificamente. É claro que os motores mais recentes são mais confiáveis e duram mais tempo.
Quanto ao que ocorre no caso de sua falha, vamos lá:
Durante a decolagem: Se um motor falha antes da aeronave atingir 80 knots, aborta-se a decolagem e pronto, sem utilizar os reversores, que podem induzir desvio de trajetória. Caso a aeronave esteja entre 80 knots e a V1 (velocidade de decisão), é preferível decolar, mas cabe ao comandante essa decisão, que pode ter muitas outras variáveis a ser consideradas. Após a V1, a decolagem deve prosseguir, obrigatoriamente, sob pena de acidente (a aeronave não consegue mais abortar sem ultrapassar os limites da pista). O empuxo do motor ou motores restantes é suficiente para ganhar alguma altura e se preparar para o retorno à pista.
Em cruzeiro: Em vôo de cruzeiro, a falha de um motor vai obrigar a uma redução do nível de võo e da velocidade, mas não deve, por si, causar um acidente. A improvável falha de dois ou de todos os motores, ainda assim, não causará o acidente por si mesma. Isso pode acontecer por falta de combustível, erro de manutenção, ingestão de cinzas vulcânicas...
O caso d B767 da Air Canada, em 1984, e o caso do Air Transat, também canadense, mostraram que é possível voar uma aeronave até uma pista qqualquer, ou, pelo menos, até um local mais ou menos plano.
Na verdade, o piloto tem é que manter a calma e cumprir os procedimentos recomendados. O avião não deixa de voar porque perdeu os motores, e vira um planador gigante.
Espero ter esclarecido suas dúvidas. Qualquer coisa, é só perguntar.
Um abraço.
normalmente, utilizada em qq aeronave de grande performance.DanielVS escreveu:Esse valor de 80kt serve tanto para um Fokker-70 vazio quanto para um An-224 lotado de carga?
eh a velocidade que normalmente nao se faz ajuste nenhum nas manetes de potencia, os velocimentros sao "conferidos" e a aeronave ja tem uma velocidade signficativa, que passa a ser considerada a zona de alta velocidade.
abortar a decolagem acima de 80kt implica em tempo de resfriamento do conjunto de freios, assim como uma inspecao dos mesmos para ver se nao tiveram super-aquecimento.
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